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Contra o Estado Islâmico, Obama aposta no empreendedorismo

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 FOTO: AP

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu na segunda-feira, 11, uma série de empreendedores na Casa Branca, em Washington D.C., nomeados para serem embaixadores globais de empreendedorismo em uma iniciativa batizada de Page (Presidential Ambassators for Global Entrepreneurship).

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Criada em 2014, a iniciativa tem o objetivo de unir uma rede de contatos que possa desenvolver projetos e espalhar a cultura do empreendedorismo pelo mundo. Entre os recém-selecionados pela iniciativa está Brian Chesky, CEO do Airbnb, que vai criar um modelo de desenvolvimento de negócios em Cuba baseado na experiência do Airbnb, que em abril expandiu sua operação para o País.

Tambem estão na lista Daphne Koller, cofundadora do Coursera, e Rich Barton, fundador do Expedia, Zillow e Glassdoor (veja a lista completa publicada pelo Airbnb).

No seu discurso para os empreendedores, o presidente Obama apontou um novo motivo para investir para em iniciativas favoráveis ao empreendedorismo: o avanço de grupos como o Estado Islâmico no recrutamento de jovens ao redor do mundo. “Mais da metade da população mundial tem menos de 30 anos. E quando muitos jovens não enxergam um futuro, se eles não conseguem ver um caminho para o sucesso, isso segura uma nação inteira para trás”, afirmou.

Para Obama, a falta de perspectiva e de emprego para muitos jovens tem favorecido o sucesso de grupos como o ISIS. “Nós temos visto extremistas violentos ao redor do mundo explorando essas frustrações de jovens que sentem que não há oportunidade para melhorarem suas vidas. E o que eles oferecem é um caminho sem volta”, disse. “Ainda assim, se essas pessoas não sentirem que há um caminho positivo para elas, elas ficam vulneráveis”, afirmou Obama.

Já sabemos que brasileiros estão sendo recrutados por esses extremistas, mas se paramos para pensar na realidade brasileira, há outro paralelo bem mais óbvio a ser feito, sobre como o empreendedorismo pode ajudar a mudar a realidade de violência de muitos bairros e cidades.

O Brasil certamente poderia usar o empreendedorismo como uma ferramenta eficaz para ajudar no combate da violência em algumas regiões. O Facebook tem puxado uma iniciativa empreendedora na favela de Heliópolis, em São Paulo, inédita no mundo todo. Como não existe almoço grátis, o treinamento tem como um dos focos ensinar empreendedores da periferia a usar o Facebook a favor dos seus negócios para, se possível, se tornarem futuros anunciantes pagantes ao promoverem suas páginas e suas postagens na rede social. Ainda assim, certamente é uma iniciativa bastante válida e será interessante observar os resultados no futuro.

Já foram realizadas também ediçòes do Startup Weekend em favelas, mas ainda faltam ações mais focadas e intensivas para incentivar o empreendedorismo tecnológico nas periferias do País.  Uma pesquisa do próprio Facebook mostrou que do total de moradores de Heliópolis, 41% querem ter um negócio próprio, o que significa um mar de oportunidades para promover novos caminhos  para esse público.

P.S. Vocês devem ter notado que o blog andou meio parado nas últimas semanas. O motivo é que, após breves férias, eu embarquei para os EUA onde estou participando, durante o mês de maio, de um programa de empreendedorismo para jornalistas organizado pelo Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) e financiado pelo departamento de Estado Americano. Como bolsista das duas instituições, estou realizando uma série de pesquisas sobre inovação em jornalismo em Washington D.C. e acompanhando a rotina da redação da publicação Mother Jones. Em junho, voltamos com nossa programação normal no blog.


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